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Sexta, 04 Março 2022 17:31

Copos e mais copos

Muita gente não dá valor a ele e acredita que é só um lugar para colocar o líquido, mas o copo é um complemento fundamental na arte de degustar uma bebida.

Tá certo que você pode beber sua cervejinha em copo descartável ou até mesmo de geleia, mas vamos combinar que não é a mesma coisa, pois o copo, embora muitas pessoas não saibam, pode influenciar bastante nas sensações obtidas ao beber, em especial uma cerveja.

Um dos crimes contra a cerveja é bebê-la no gargalo, pois isso impede sentir o aroma e o gosto do colarinho. Para isso, foram criados os copos e existe um para cada tipo de cerveja.

img 39 01Americano
O famoso "copo de boteco" tem 190ml e é ideal para cervejas leves como American lager e Pilsen

 

img 39 01Cálice
Ideal para apreciar as aromáticas cervejas belgas, o cálice - também chamado de Goblet possui uma boca larga que possibilita a maior percepção dos aromas. Costuma ser adornado com bordas douradas

 

img 39 01Cilíndrico
Recomendado para cervejas como Kölsch e Altbier, possui um formato fino e reto e facilita a formação de espuma

 

img 39 01Lager
Clássico “copo de chope”, possui formato alongado que facilita a formação de creme e é indicado para as lagers

 

img 39 01Caldereta
Copo bastante versátil, a caldereta tem um pouco mais de 300ml e pode servir IPAs, lagers escuras, Porters e Stouts

 

img 39 01Flauta
Comumente utilizada para beber espumantes, a flauta é um tipo de taça ideal para cervejas champegnoises, Lambic e Gueuze pois mantém a carbonatação por mais tempo

 

img 39 01Pilsen
Ideal para estilos como Pilsner e American Lager, é bastante semelhante ao copo Lager, mas não possui a boca levemente fechada.
No Brasil é popularmente chamado de tulipa

 

img 39 01Mass
Podendo conter até 1 litro, o típico caneco de chope alemão é um clássico de festivais e da Oktoberfest. Por ser bastante espesso, ajuda a manter a temperatura da bebida

 

img 39 01Pint
No Reino Unido o pint tem 568ml e é usado como unidade de medida para as cervejas. Já a versão arecina do pint tem 473ml. Pode servir cervejas de estilos como IPA, Session IPA, Stout, Porter e Bitter

 

img 39 01Snifter
Também conhecido como "taça de conhaque", possui uma base larga e uma boca mais estreita que permite capturar melhor o aroma de cervejas de estilos como Barley Wine e Stout

 

img 39 01Tulipa
Semelhante ao snifter mas com a boca virada para fora, a tulipa permite a expansão dos aromas e é indicado para cervejas de estilos como Belgian Strong Ale

 

img 39 01Pokal
O copo Pokal é um dos mais versáteis na hora de servir diferentes estilos de cerveja. Tem boca estreita e fundo arredondado e sua principal indicação é para cervejas mais carbonatadas

 

img 39 01Weizen
Tem as características necessárias para a apreciação das cervejas de trigo: a capacidade de mais de 500ml abarca o conteúdo de uma garrafa inteira, mantendo tanto as leveduras do fundo quanto a boa formação de espuma

 

img 39 01Tumbler
Espesso e pesado, o tumbler possui capacidade aproximada de 400ml e é indicado para cervejas do estilo Witbier, que por não possuírem retenção de espuma, não necessitam de compos com boca estreita

 

Nota: Chopp ou do alemão shoppen, era uma unidade de medida de volume utilizado na Alemanha que correspondia a mais ou menos 500 ml, equivalente a um copo comum de cerveja da época.

No Brasil chama-se de chope a cerveja que não passa pelo processo de pasteurização. Neste caso, tecnicamente falando, o que o cervejeiro artesanal faz é chope e não cerveja.

Publicado em Estilos
Domingo, 15 Mai 2022 17:07

Duas, três ou quatro panelas

As próximas configurações requerem um pouco mais de gasto pois você terá panelas específicas para coisas específicas.

Duas panelas

Neste caso, ao invés de usar um saco utilizaremos um filtro chamado bazuca que tem a finalidade de reter os grãos e permitir que somente o mosto saia pela torneira. Como os grãos estão em contato direto com o fundo da panela é aconselhável que se mantenha a mistura em movimento sempre que o fogo estiver aceso. Ao final da mostura, faz-se a transferência do líquido para outra panela que será utilizada para a fervura.

Você pode fazer a lavagem dos grãos utilizando uma água previamente aquecida e jogar por cima do malte. Evite concentrar o fluxo em um lugar só.

Uma outra opção é utilizar um fundo falso. Neste caso você não poderá deixar o líquido parado no fundo sob pena dele caramelizar e para isso será necessário a utilização de uma bomba de recirculação. Você pode usar uma dessas bombinhas de máquina de lavar que suportam temperaturas mais altas, mas o ideal é uma bomba específica, podendo ser de inox ou plástico alimentício. Essas bombas são facilmente encontradas no mercado.

Importante

Faça com que o líquido, ao voltar para a panela, não caia somente em um lugar. É conveniente fazer um chuveiro, observando e cuidando para evitar entupimentos. A vantagem deste método é ter o mosto filtrado durante o cozimento gerando cervejas bem menos turvas no final.
Por estar o tempo todo recirculando, não há necessidade de ficar mexendo o mosto durante todo o tempo, e assim ficando o cervejeiro com a tarefa de apenas controlar a temperatura.

Smartmash

Este é um aparelho fantástico que uso há quatro anos, para fazer o controle da temperatura. Você programa a receita com as rampas de temperatura e o aparelho faz todo o resto com muita segurança. É muito bom. Vale a pena!

A terceira panela, a de água, que embora já possa estar sendo usada no processo, agora oficializamos e incluímos no conjunto. Na cozinha de quatro panelas a mostura é feita com um agitador para aumentar a eficiência e depois toda a mistura é levada para uma panela de filtragem onde pode ficar por até duas horas filtrando. Ao final da filtragem o líquido é enviado para a fervura, pra terminar o processo.

Eu tenho uma cozinha de três panelas, sendo 50 litros para água, 60 litros para mostura e 70 listros para fervura. Isso me permite fazer até 60 litros de cerveja por brasagem, sem diluição.

Na panela de mostura, além do fundo falso, eu uso uma malha ortopédica de 30 cm para reter os grãos. Isso diminui a possibilidade de entupimento e facilita a retirada dos grãos no final.

Minhas brasagens são, normalmente, de 50 litros, já que esta é a capacidade do meu fermentador.

Ein prosit!

Publicado em Germinando
Quarta, 16 Março 2022 16:38

A fase fria

Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.

Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.

Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.

Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.

Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.

Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.

Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.

Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.

No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.

Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.

Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.

Ein Prosit!

Publicado em Germinando
Quinta, 03 Março 2022 09:41

Como tudo começou

Estou iniciando uma série de artigos sobre cerveja caseira. Espero que vocês gostem.

Faço cerveja desde 2015 e comecei com um pequeno kit BIAB de 10 litros. Hoje faço 50 litros com 3 panelas, fermentador cônico e carbonatação forçada.

Você vai perguntar: E a cerveja é melhor? É claro que sim!

É indiscutível que a melhoria do processo influencia diretamente na qualidade do produto.

Dá um trabalho danado, mas vale muito, muito a pena.

Publicado em A DuCoreta

Levemente ácida, com adição de frutas e sensorialmente diferente do que até pouco tempo atrás se entendia como uma cerveja. A Catharina Sour, primeiro estilo brasileiro consolidado pelo Beer Judge Certification Program (BJCP), é a homenageada da segunda ação coletiva do Movimento Toda Cerveja. No dia 19 de janeiro, 64 marcas de cerveja artesanal independente apresentam, no mesmo dia, uma nova Catharina Sour para o seu público.

As cervejarias estão localizadas em 10 estados diferentes: Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. As marcas estão localizadas em 46 cidades. Juntas, elas produzem mais de 1,6 milhões de litros ao mês. Todas serão apresentadas no @todacerveja.

Os lançamentos acontecem nos bares das próprias cervejarias e também em pontos de venda parceiros. A identidade visual da ação é a mesma, para facilitar que os consumidores de diferentes estados identifiquem o estilo e se sintam convidados a provar. Este, aliás, é o grande objetivo da ação. “Nosso mercado evoluiu muito tecnicamente e sensorialmente. Nós queremos que o consumidor perceba o quanto a cerveja artesanal independente é diversa e o quanto o setor, mesmo fragmentado em marcas diferentes, é representativo e lidera as inovações que acontecem nas prateleiras e bares”, comenta Janderson Martini, um dos organizadores.

A escolha pela Catharina Sour, segundo Daniel Jeffman, foi debatida entre as cervejarias participantes dessa ação. “Decidimos homenagear esse feito inédito para o mercado em uma época do ano que tem potencial para ser o grande consumo sazonal de Catharina Sour, já que ela é leve, refrescante e tem o apelo do uso das frutas”, afirma.

Vinícius Cordeiro completa que o movimento chegou aos criadores do estilo, que não só participam com as suas marcas mas vão compartilhar conhecimento com os demais participantes.

Sobre o Movimento Toda Cerveja

Criado em agosto de 2021 por cervejarias independentes brasileiras, o Movimento Toda Cerveja tem como objetivo realizar ações colaborativas entre marcas de todo o país para a disseminação da cultura cervejeira. A iniciativa foi de Daniel Jeffmann (da Fat Bull Beer), Janderson Martini (da Old Captain) e Vinícius Cordeiro (das marcas Veterana e Ruradélica).

A primeira ação realizada pelo Movimento Toda Cerveja foi o Bitter Day, em setembro de 2021.

Fonte: Homem Cerveja

Publicado em #DeuNaMídia